A ingestão de óleos essenciais é uma prática cada vez mais comum entre usuários de aromaterapia, especialmente entre aqueles que buscam benefícios específicos para saúde, bem-estar e equilíbrio do organismo. Uma das dúvidas mais comuns entre quem utiliza óleos essenciais por via interna está na escolha do tipo de cápsula: normal ou gastrorresistente. Neste artigo vamos esclarecer as diferenças entre esses dois tipos, suas formas de uso, materiais utilizados na fabricação e como influenciam a absorção e eficácia dos óleos essenciais no corpo.

Formas de uso interno de óleos essenciais

Existem diversas formas seguras e eficazes de consumir óleos essenciais internamente:

  • Sublingual: Colocar uma ou duas gotas diretamente sob a língua para rápida absorção.
  • Diluição em água (ou outra bebiba): Misturar algumas gotas em um copo de água.
  • Uso em cápsulas: A maneira mais prática e popular de ingestão interna, especialmente para óleos fortes ou de sabor acentuado.

Benefícios do uso em cápsulas

A utilização de cápsulas para ingestão dos óleos essenciais apresenta vantagens importantes:

  • Precisão na dosagem: Facilita o controle exato das quantidades.
  • Conforto gástrico: Reduz ou elimina o desconforto gástrico provocado por óleos essenciais puros.
  • Evita contato direto: Previne irritações na mucosa oral e estomacal, especialmente no uso de óleos mais fortes ou concentrados.
  • Não sente o gosto: Muitos óleos essenciais não são muito apreciados ao paladar das pessoas, sendo normalmente associados por possuírem um gosto ruim.

Cápsulas normais vs gastrorresistentes

Cápsulas Normais

  • Material: (gelatinosas ou vegetais padrão) Produzidas geralmente com gelatina animal ou vegetal (HPMC – hidroxipropilmetilcelulose).
  • Local de liberação: Dissolvem-se rapidamente no estômago, liberando o óleo essencial diretamente no ambiente gástrico.
  • Vantagens: Mais baratas, fáceis de encontrar e práticas para ingestão rápida.
  • Desvantagens: Podem causar desconforto gástrico ou refluxo aromático em pessoas mais sensíveis.

Cápsulas Gastrorresistentes (Entéricas)

  • Material: Fabricadas com revestimento especial que resiste à acidez gástrica (normalmente um polímero resistente como a hidroxipropilmetilcelulose acetato succinato). As Cápsulas Gastrorresistentes também são conhecidas como Cápsulas Entéricas (que quer dizer algo relativo ao intestino).
  • Local de liberação: Não são dissolvidas no estômago. Elas passam intactas pelo ambiente gástrico e dissolvem-se apenas no intestino delgado, onde o pH é mais neutro.
  • Vantagens: Maior conforto gástrico, melhor absorção intestinal e preservação das propriedades originais dos óleos essenciais.
  • Desvantagens: Geralmente mais caras e menos disponíveis comercialmente, sendo necessário encomendá-las em farmácias de manipulação ou em sites especializados.
Você poderá escolher o tamanho de acordo com o protocolo de uso, e ainda completar o espaço vazio que sobrar com óleo vegetal.

Como isso afeta os benefícios no corpo?

Ao serem liberados diretamente no intestino, as cápsulas gastrorresistentes garantem que os compostos ativos dos óleos essenciais sejam absorvidos em um local de alta biodisponibilidade. Isso significa que as propriedades terapêuticas dos óleos (como antioxidantes, anti-inflamatórias, digestivas ou hormonais) são mais bem preservadas, potencializando seus benefícios.

Essa diferença básica de local de liberação leva a consequências importantes:

No estômago (cápsula normal): os óleos são liberados precocemente. Dependendo de suas características químicas, isso pode causar efeitos locais (por exemplo, aroma/sabor forte, possível irritação da mucosa gástrica) e também iniciar a absorção já na parte alta do trato GI. Alguns compostos podem, porém, sofrer degradação no ambiente ácido ou por enzimas estomacais​.

No intestino (cápsula entérica): os óleos só serão liberados mais adiante, na primeira porção do intestino delgado (duodeno/jejuno). Vantagem: esse é o local onde ocorre a maior parte da absorção de nutrientes e substâncias pelo organismo​. Assim, liberar o óleo diretamente ali garante que o ativo seja disponibilizado “direto na fonte” de absorção, potencialmente aumentando sua biodisponibilidade sistêmica. Além disso, evita-se o contato com o ambiente ácido do estômago, preservando a integridade química dos componentes sensíveis e prevenindo desconfortos gástricos imediatos.

Preservação de componentes ativos: Alguns constituintes de óleos essenciais podem degradar ou se modificar no pH ácido do estômago, o que potencialmente reduz sua eficácia original. Um exemplo relevante é o acetato de linalila, éster presente em alta concentração no óleo de Clary Sage (sálvia-esclaréia). Estudos mostram que no suco gástrico ácido esse composto é rapidamente hidrolisado (meia-vida de apenas ~3,6–7,3 minutos) gerando linalool e ácido acético como produtos​. Em fluidos intestinais neutros, a hidrólise é muito mais lenta (meia-vida ~52 minutos)​. Ou seja, se a cápsula comum liberar sálvia-esclaréia no estômago, grande parte do acetato de linalila será convertido em linalool antes mesmo de chegar ao intestino. Embora o linalool também tenha propriedades terapêuticas, a proporção original de componentes do óleo fica alterada, possivelmente mudando o perfil de ação esperada. Com a cápsula gastrorresistente, evita-se essa exposição inicial ao ácido, mantendo melhor a integridade do óleo até o intestino – o que poderia preservar a eficácia hormonal e antiespasmódica específica atribuída ao acetato de linalila.

Liberação completa e efeito consistente: A cápsula entérica assegura que praticamente toda a dose ingerida dos óleos seja liberada no ponto de absorção. Já com cápsulas normais, parte dos óleos pode aderir à mucosa gástrica ou sofrer metabolismo de primeira passagem gástrica, reduzindo ligeiramente a quantidade disponível para absorver. Também pode ocorrer volatilização parcial – por exemplo, sentir o aroma do óleo ao arrotar indica que parte dele evaporou para o esôfago e se perdeu da absorção. Garantir a liberação entérica minimiza essas perdas e pode resultar em efeito mais previsível. Fabricantes salientam que cápsulas entéricas evitam “a perda da atividade farmacológica dos ativos”, justamente por protege-los no estômago e liberá-los onde serão aproveitados​.

Exemplos práticos: A abordagem entérica já é usada em contextos semelhantes. A dōTERRA, por exemplo, formulou cápsulas como as de óleo de hortelã-pimenta (Peppermint Softgels) com revestimento entérico para tratar desconfortos do intestino. Essas cápsulas “entregam os efeitos do óleo essencial de hortelã-pimenta até o intestino inferior”, onde demonstram maior eficácia digestiva​. A capa entérica “é essencial, pois ajuda o conteúdo a passar pelo estômago em segurança e chegar ao intestino delgado, onde o óleo será mais efetivo”​. Embora o alvo no caso da hortelã seja o intestino (síndrome do intestino irritável), o princípio é o mesmo – melhor absorção e ação terapêutica quando o óleo é protegido até o intestino.

Por outro lado, as cápsulas normais podem expor alguns óleos ao ambiente ácido estomacal, causando perdas por degradação química ou volatilização precoce. Além disso, óleos mais sensíveis, como o acetato de linalila presente na sálvia-esclaréia, podem sofrer alterações significativas, reduzindo sua eficácia terapêutica original.

Qual escolher?

A decisão pelo tipo de cápsula depende do objetivo terapêutico, sensibilidade individual e do tipo de óleo utilizado. Para maximizar a eficácia terapêutica, proteger o óleo essencial e evitar desconfortos gástricos, as cápsulas gastrorresistentes (entéricas) são ideais. Já as cápsulas normais são práticas para uso diário, principalmente se você não apresenta desconforto gástrico ou não utiliza óleos muito sensíveis.

Então no uso interno temos que o uso das cápsulas gastrorresistentes irão garantir a entrega da dosagem correta no ambiente com mais capacidade de absorção (início do intestino delgado), sem irritação e desconforto gástrico.

Cápsulas Castrorresistentes > Cápsulas Convencionais > Óleo Essencial em bebidas > Óleo ingerido puro.

Por outro lado, cápsulas normais podem ser utilizadas sem grandes problemas por muitos indivíduos – são de fato a opção mais acessível e padrão (as “veggie caps” de gelatina/HPMC) e, quando os óleos são usados corretamente, também entregam resultados. Elas têm a vantagem de dissolução rápida, o que pode levar a um início de ação um pouco mais veloz e pode ser desejável se, por exemplo, a pessoa quiser aliviar um sintoma mais agudo logo. Ademais, se o foco fosse algum efeito local no estômago (como auxiliar na digestão ou equilibrar acidez gástrica – por exemplo, o limão é usado para azia e refluxo ingerido em água ou cápsula normal​, então a cápsula que abre no estômago seria necessária.

No Clube Essencial, recomendamos sempre avaliar o seu conforto e os resultados desejados ao escolher o tipo de cápsula ideal. Conte conosco para te apoiar nesse processo!


Olá, seja bem-vindo(a) ao blog da nossa equipe, aqui é o Lucas Palandi e a Rosangela Pereira. Somos casados, temos 2 filhos e iniciamos na Doterra em 2018. Fundamos o Clube Essencial e nos tornamos aromaterapeutas e Empreendedores, chegamos o nível de Diamantes na doTERRA, conseguimos criar vários cursos e ferramentas para ajudar nossa equipe a usar os óleos essenciais de forma segura e eficaz, além de emporerarem-se, desenvolvendo um negócio a partir de casa mesmo começando do absoluto zero, através de nosso método exclusivo e as ferramentas que só nossa equipe tem acesso. Saiba como fazer parte disso conosco! Será um prazer poder lhe ajudar!

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